O BOM-MOCISMO DE UBALDINO

Supostamente pré-candidato, o esperto Ubaldino (Uba, para os íntimos) vem usando o Coronavírus para plantar uma imagem de bom-moço, que não cabe muito bem a um ex-prefeito que usava a merenda das crianças pra encher seus bolsos e de um pequeno grupo que um certo colunista apelidou de "turma da boquinha" e foi afastado do cargo por escândalos de corrupção.

O bom-mocismo de Ubaldino usado agora para passar um imagem positiva, de abdicação e altruísmo para o povo de Porto Seguro, não passa de mais uma de suas encenações.

Chama-se de bom-mocismo a falsa intenção de quem cultua ou expressa uma imagem de boa vontade ou boa ídole,  quando na verdade só pensa em autopromoção.

Ao oferecer seu apoio incondicional à prefeita Cláudia Oliveira na emergência do Coronavírus, o recado é claro: o seu amor por Porto Seguro está acima de de qualquer interesse politico. Está acima de qualquer suspeita.

Quer coisa mais aliciadora do que essa?

Enquanto isso, ele torce para o cancelamento das eleições, um imprevisto providencial, já que o prazo da sua inelegibildade acaba depois das eleições de 2020 e neste pleito ele não é, de fato, candidato.

Sendo assim, e o Coronavírus colaborando (sim, porque com as suas previsões catastróficas  ele parece torcer a favor do vírus), com tempo extra para tentar resolver todas as suas pendências jurídicas, ele entraria pra valer na corrida. A partir daí, o crítico implácavel estaria de volta aos microfones da sua beligerante rádio, posando, de novo, de bom moço e salvador da pátria e começaria o SALVE-SE, QUEM PUDER.
Tô certa ou tô errada?