PORTO SEGURO REABRE HOTÉIS: Sem praias, sem comidinhas, sem passeios

Os hotéis reabrem, mas nada de praias, restaurantes ou passeios turísticos.

Às vésperas da data prevista para reabertura das atividades turisticas, o segmento se viu obrigado a encarar mais um decreto da Prefeitura, que jogou um balde de água fria nos planos de retomada do turismo e serviços afins.

Com os leitos de UTI Covid assegurados  para Porto Seguro até agora na conta das  promessas e na propaganda do Governo do Estado, as autoridades e os representantes do povo assistem impassiveis a implantação dos hospitais de campanha em Eunápolis e Teixeira de Freitas, cada um com 20 leitos equipados com respiradores, enquanto na terra do sol ficamos lamentando as mortes por falta de mais leitos de UTI e tratamento adequado para os casos mais graves.

Sem isso, os hoteleiros,  comerciantes e prestadores de serviços ligados ao setor dificilmente retomarão as suas atividades,  já que as operadoras não querem trazer turistas  para o destino enquanto o quadro da saúde na cidade continuar como está:  100% de ocupação dos dez leitos de UTI disponiveis e sem previsão de mudança. 

Até os leitos do Hospital Neurocor,
que, segundo o Secretário  de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, dependiam apenas de uma breve reforma, estão sem previsão de disponibilização.

E parece que ninguém tem pressa de resolver nada.

Enquanto isso, os casos confirmados e precisando de internação só aumentam.

Em nota publicada nesta segunda-feira, 13, o  novo decreto do Governo do Estado "confirma e reforça as medidas adotadas pelos municípios do Anexo 3 (onde está incluído Porto Seguro) na forma dos respectivos decretos municipais. 

Portanto,  a prefeitura tem autonomia para decidir pela não reaberura ou reabertura parcial, como de fato fez.

Mesmo depois da classe ter investido em reformas e adequações às medidas preventivas pra que isso acontecesse da forma mais segura possivel; mesmo tendo de correr atrás do tal "Selo de Segurança" (até hoje obtido apenas por uma rede de hotéis e uma churrascaria); 
mesmo tendo investido em propaganda para recepcionar os turistas,  fazendo a parte que lhes cabia, agora vêem todo o seu investimento escorrer pelo ralo da irresponsabilidade e indiferença do governo municipal.

Já são mais de 120 dias desde o primeiro Decreto.

Cadê a contrapartida do município e do Governo do estado?  Cadê os leitos de UTI? Cadê os médicos?

Os empresários não querem nas suas costas a responsabilidade de mais mortes, especialmente não querem por em risco a vida de moradores ou turistas.  E mais uma vez vão pagar
o pato no lugar do Estado, único responsável pelo recuo municipal, que trouxe de volta o clima de incerteza e abalou a
confiança que dominava o setor.

Como se não bastasse, o novo decreto traz de bônus a prorrogação do último Toque de Recolher (comprovadamente inóquo) e
lockdown em dois grandes bairros.

O que vem mais por aí?

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